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Para atender melhor as nossas necessidades, em tese, a administração pública busca continuamente (ou deve buscar) aprimorar a qualidade dos serviços prestados para a sociedade. Partindo desse pressuposto, a Gestão de Projetos cai como uma luva, já que torna-se essencial para que o setor público adquira qualidade e efetividade – um instrumento a serviço da governança, que tem como princípios: economicidade, efetividade, eficiência, prestação de contas e transparência. Para esse sonho se tornar realidade, seria necessária a implantação de alguns pontos:
- Criação de escritórios de projetos;
- Formação de equipes capacitadas nas três esferas de poder;
- Diálogo e compartilhamento de experiências.
Acredita-se que a aplicação das teorias do gerenciamento de projetos possibilita um caminho seguro rumo ao desenvolvimento do país e da efetividade das ações do setor público – já que as metodologias do GP almejam melhores resultados decorrentes de uma gestão mais eficiente e eficaz.
No mundo e, timidamente, no Brasil podemos observar esforços para melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo Estado e controlar os custos envolvidos nos programas e projetos. Para atingir esse objetivo é preciso inovar. Mas não só em novos modelos de gestão, como também na criação de estratégias que facilitem governança e possibilitem crescimento de eficiência na execução e no controle dos planos do Estado.
Para atender essas necessidades específicas que estamos falando, o PMI disponibiliza uma expansão do PMBOK voltada especificamente para o setor público, denominada “Governement Extension to a Guide to the Project Management Body of Konwlegde”, publicada em 2006.
O volume restrito de recursos versus a necessidade de atender um número gigantesco de pessoas é o principal desafio enfrentado pelos gestores públicos, independente da esfera. Além de criatividade, exige desses administradores a necessidade de criar estratégias para usar, da melhor forma, esse dinheiro: definindo prioridades para atender as mais diversas necessidades apontadas pela sociedade.
Para viver com poucos recursos ou em momentos de crise é extremamente necessário planejar (atividade essencial, já que permite que se tracem os melhores caminhos). É exatamente esse trabalho de planejamento que vai permitir o desdobramento da estratégia de Governo nos projetos e programas mais adequados para produzir os benefícios desejados para a sociedade. A adoção de padrões de gerenciamento de projetos, como os criados pelo PMI, e o incondicional apoio do Poder Executivo são imprescindíveis nesse processo.
Os Governos precisam adquirir uma estrutura de plano estratégico, que será responsável por toda implementação de gerenciamento de projetos, para garantir o alinhamento dos programas e projetos com os objetivos do Estado. E, ainda, uma estrutura de decisão, balizada por metodologias e sistemas por meio dos quais os projetos são definidos, autorizados e monitorados, principalmente os que possuem algo grau de prioridade. Para complementar, criar um sistema de técnicas, procedimentos, práticas e regras para atender as especificidades de projetos no setor público, garantindo a consolidação de um modelo de gestão de projetos único e simplificado.
Por fim, o setor público deve possuir uma forma de gerenciar competências, para garantir o desenvolvimento de programas de capacitação em gerenciamento de projetos, a motivação e a valorização dos servidores, bem como, a disponibilização de profissionais com habilidades e experiências adequadas para condução dos projetos.
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