Tempo de leitura: 2 minutos
Por conta de minha palestra online no dia 12 de outubro às 20h no GP Experts estive revisando os estudos sobre maturidade em Gerenciamento de Projetos do grande Professor Darci Prado e era exatamente o que procurava para ser o ponto de partida de minha explanação.
Segundo Prado, em 2012 – última pesquisa realizada sobre o assunto – 49,7% das empresas que utilizam o Gerenciamento de Projetos têm sucesso total, as que têm sucesso parcial com o Gerenciamento de Projetos somam 35,2% e as empresas brazucas que têm fracasso contam 15,1%. A nota média de maturidade das empresas em nosso país é de 2,60 pontos, numa escala que varia de 1 a 5 pontos.
Esse estudo, idealizado e aplicado pelo Professor Darci Prado, vem sendo desenvolvido desde 2005 e de lá pra cá saímos da média de 2,44 pontos (2005) para 2,60 pontos (2012), uma ótima notícia. Mas, se compararmos com anos anteriores, caminhamos a passos muito lentos rumo a uma cultura mais positiva em GP. Em 2008, por exemplo, a média era de 2,66 pontos, o que representou um decréscimo de 0,06 pontos em relação a 2012. É pouco, mas chega a ser alarmante, uma vez que proporcionalmente teríamos de estar bem acima desta média.
A pergunta nesse caso é: por que evoluímos tão pouco em quase dez anos? Para mim, a resposta está no triângulo pessoas/ferramentas/processos. Falarei mais a respeito no dia 12, mas, a grosso modo, temos:
Pessoas
Infelizmente há um grande número de pessoas mal capacitadas para trabalhar com GP. As escolas ensinam as 10 áreas do PMBOK de forma isolada e quando vão para o mercado de trabalho não sabem agregá-las de forma que consigam gerenciar projetos com sucesso. O resultado disso é, além da baixa maturidade das empresas, uma grande frustração de profissionais e executivos que optam por dar chance ao Gerenciamento de Projetos na tentativa de melhorarem suas empresas, mas não alcançam o objetivo planejado.
Processos
Gerenciamento de Projetos é, na verdade, um conjunto de processos, porém os GPs teimam em deixar de lado alguns processos que são importantes simplesmente por julgarem ser perda de tempo.
Ferramenta
Por fim, na minha opinião, este talvez seja o ponto mais importante para o insucesso no Gerenciamento de Projetos. Já vi empresas grandes fazendo esse trabalho com um conjunto imenso de planilhas, outras utilizam um gerenciador de tarefas ao invés de um sistema especializado no gerenciamento de projetos. A tecnologia tem de ser utilizada e o ideal é que seja um sistema aderente ao PMBOK, o que vai garantir assertividade e sucesso.
Não posso deixar de acrescentar um outro ingrediente a esse conjunto que são as novas modas criadas por profissionais que acabam se destacando no mercado com metodologias muitas vezes ineficientes ou que se aplicam apenas a um determinado tipo de trabalho ou nicho de mercado.
A principal dica que tenho é: cautela. Cautela para escolher profissionais, cautela para desempenhar o trabalho, cautela para escolher uma ferramenta apropriada e finalmente cautela ao utilizar novos métodos que parecem maravilhosos à primeira vista, mas que no frigir dos ovos não entregam o que prometem.
