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Como estamos em período de férias escolares, acabei sendo presenteado com mais tempo de lazer ao final do dia. Ao “zapear” alguns canais, fui atraído por uma frase que chamou minha atenção: “Quase 9 mil obras que utilizam recursos federais estão paralisadas ou inacabadas no Brasil”. Confesso que não acompanhava um telejornal em TV aberta há muito tempo, mas fiz questão de acompanhar a notícia para estabelecer um paralelo com os trabalhos relacionados à Gestão de Projetos e à Gestão de Portfólio.
Segundo o TCU, das pouco mais de 21 mil obras com dinheiro da União existentes hoje no país, 8.603 estão paralisadas ou inacabadas. Juntas, construções somam mais de R$ 8,2 bilhões.
O TCU atribui essa encrenca a e coordenação entre as autoridades públicas!!
Vamos aos fatos interessantes
Gostei da comparação abaixo:
“É mais ou menos como quando a gente vai construir ou reformar uma casa. Para a obra andar no tempo certo e não estourar o orçamento, tem que planejar direitinho, pesquisar preços e escolher os fornecedores, conseguir as licenças e permissões, definir prazos para a entrega de cada etapa. E sempre tem alguém que toca tudo isso.”
Ou seja, precisamos da Gestão de Projetos! E principalmente, precisamos de um “Gerente de Projetos”!
Gostei também da constatação óbvia:
“É impressionante, independente do governo, as constatações são as mesmas: falta de comando central que possa determinar as mesmas ações para os diversos ministérios. O ministério tenta resolver de um jeito, o outro tenta resolver do outro. Não há nenhuma ação que seja vertical e que possa na transversalidade atingir a todos os ministérios”, diz Vital do Rêgo.
Ou seja, falta uma Gestão de Portfólio! Que seja responsável por estabelercer uma Metodologia de Gestão padronizada para todos os ministérios.
“O TCU identificou que não há ainda no país um plano nacional para poder atacar esse problema das obras paralisadas e fez uma série de recomendações para os órgãos centrais para poder criar um plano nacional, criar uma estratégia de priorização, de retomada dessas obras paralisadas”, explica Keyla Araújo Boaventura, auditora-chefe da AudUrbana do TCU.
Novamente, falta uma Gestão de Portfólio! Que seja responsável pela definição de processos de priorização de projetos padronizada.
Reforçando: Gestão de Projetos
Gestão de projetos é uma disciplina que envolve o planejamento, execução e controle de um projeto, desde sua concepção até a conclusão. Um projeto é geralmente definido como um esforço temporário, com um começo e um fim, destinado a criar um produto, serviço ou resultado único. A gestão de projetos visa atingir os objetivos específicos do projeto dentro de prazos, orçamentos e recursos determinados.
Reforçando: Gestão de Portfólio
A gestão de portfólio, muitas vezes referida como Gerenciamento de Portfólio de Projetos (GPP), é uma prática organizacional que envolve a seleção, priorização e gestão de um conjunto de projetos ou programas para atender aos objetivos estratégicos de uma organização. Em outras palavras, ela trata de tomar decisões sobre quais projetos ou programas investir e como alocar recursos de maneira eficiente para alcançar os objetivos de negócios.
A cereja do Bolo
A Casa Civil declarou que o governo federal está determinado a retomar as obras paradas; que trabalha para cumprir as recomendações do TCU, que incluiu essas obras no Novo PAC; e que já publicou no Diário Oficial a lei que instituiu o Pacto Nacional pela Retomada de Obras Inacabadas.
“A lei cria um arcabouço normativo para a continuidade de obras e serviços de infraestrutura que hoje estão paralisados ou inacabados.”
“Os novos recursos serão transferidos para concluir as estruturas, mesmo se o valor original tiver sido todo repassado. A repactuação envolverá novo termo de compromisso e correção dos valores correspondentes à parte não executada, e poderá incluir mudanças no projeto.”
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Matéria original pode ser acessada por aqui.
Ou seja, mesmo sem Gestao de Projetos ou Gestão de Porfólio adequados, verba não vai faltar!
Faz sentido?