Tempo de leitura: 2 minutos
Ontem acompanhamos uma tragédia que, infelizmente, vai entrar para a história de Belo Horizonte. Parte do viaduto localizado na Avenida Pedro I, na região da Pampulha, desabou sobre quatro veículos provocando duas vítimas fatais e 19 feridos – segundo a nota oficial da Prefeitura de Belo Horizonte. Como belorizontinos e brasileiros, lamentamos profundamente o acidente ocorrido e nos solidarizamos com as vítimas e seus familiares.
Qualquer análise da fatalidade é bastante delicada, já que suas causas ainda estão sendo investigadas. Porém, podemos refletir como lidar com os diversos desdobramentos do ocorrido, que se ligam diretamente à área de Gerenciamento de Crises.
Quando uma adversidade ou falha – seja de qualquer magnitude – ocorre em um projeto, é o Gerenciamento de Crises que visa reduzir os prejuízos e contornar a situação. O ideal é que o Gerente de Projetos realize planejamentos de caráter preventivo, mas no caso de ser uma reação a um tipo de crise inesperada, as principais ações de emergência são: reunir informações, definir envolvidos, considerar históricos e tradições, estabelecer um gabinete de crise, planejar e detalhar a operação, acompanhar a execução e incorporar os ensinamentos.
Neste caso específico, a prioridade obviamente são as vítimas e seus familiares. Mas não podemos nos esquecer de outros importantes stakeholders como a equipe envolvida na obra, a imprensa/opinião pública e os novos atores que entram em cena após o acontecido (polícia, outros órgãos públicos etc.). Por outro lado, o viaduto que desabou faz parte de um conjunto de obras recém-inauguradas. Antever problemas também é função do líder do projeto, assim, dar atenção a essas outras obras é fundamental, pois deve ser descartada qualquer outra possibilidade de colocar em risco a população da cidade.
Além disso, Belo Horizonte é uma das sedes da Copa e ainda será a casa da semifinal do campeonato. Esse é um fato que precisa ser considerado, levando em conta a cobertura da imprensa mundial sobre o acontecimento. Uma postura transparente e confiável deve ser mantida pelos representantes dos órgãos e das empresas envolvidas – que estão lidando com a indignação da sociedade e com enfoque da mídia.
Agora todos os esforços devem ser concentrados para minimizar ao máximo essa tragédia. Situações como essa não são fáceis de serem administradas, mas qualquer projeto está sujeito a crises de maior ou menor escala. O acaso atinge a todos da mesma forma, o que diferencia as consequências é o preparo da equipe.