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O Governo do Estado de Minas Gerais apresentou, no dia 06/04, o resultado de uma auditoria feita no governo do estado na gestão anterior. O atual governador, Fernando Pimentel (PT), como todos sabem, é de um partido diferente daquele que ocupou os últimos 12 anos a principal cadeira do executivo estadual (PSDB).
Durante pouco mais de uma hora e meia foram apresentados números de uma devassa nas áreas de saúde, educação, segurança, obras.
Para ir direto ao ponto, resumindo a apresentação: O Estado está quebrado!
O que mais chamou atenção foi a ponderação feita pelo atual governador. Segundo Fernando Pimentel a situação do estado é “crítica” e o quadro será demonstrado com os dados que vão ser apresentados pelos secretários durante a coletiva. “Faltou gestão em Minas, faltou gerenciamento. Os exemplos são abundantes”, disse.
Confesso, perdi um pouco o chão.
Sempre utilizei o Choque de Gestão e o GERAIS como modelos e exemplos em minhas aulas.
Para reforçar:
“O Estado de Minas Gerais se encontrava, em 2002, em grave situação fiscal, caracterizada por déficits existentes desde 1996 e pelo atraso no pagamento da remuneração dos servidores públicos. Para solucionar esse problema, foi implementado, em 2003, o Choque de Gestão.
O Choque de Gestão foi um conjunto de propostas objetivas que permitiram a reformulação da gestão estadual, especialmente do comportamento da máquina administrativa, mediante novos valores e princípios, de forma a se obter uma nova cultura comportamental no setor público mineiro, voltada para o desenvolvimento da sociedade.
“Em janeiro de 2003, no início da gestão do Governador Aécio Neves, o Estado de Minas Gerais estabeleceu seu planejamento estratégico, O Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado – PMDI, cujo principal resultado foi o Programa de Gestão Estratégica de Recursos e Ações do Estado – GERAES.
E então? Faltou Gestão em Minas Gerais?
Representantes do partido da gestão anterior já contra-atacaram. O Gustavo Valadares (PSDB), afirmou que o anúncio do governo de Minas é “uma cortina de fumaça” para explicar o não cumprimento de promessas eleitorais. O deputado avaliou que grande parte das obras paralisadas é reflexo do cancelamento de empréstimos do Governo Federal. Ele aproveitou ainda para defender o déficit zero que foi tratado como “inexistente” pela atual gestão. “O Fernando do PT e da Dilma envergonha nosso estado. Enquanto outros governadores anunciam o que estão fazendo nesses 100 dias ele vem com mimimi e xororô”, falou.
Esta discussão está longe de terminar, mas o caso contribui para reforçar a percepção que ainda estamos falhando no planejamento, algo que já defendi no artigo sobre a rodovia da morte. Também reforça a necessidade de uma gestão efetiva de todas as áreas de projeto, o que oferecemos com o uso do NetProject. Avalie e compare. Gerenciar projetos é muito mais complexo do que controlar tarefas.