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A Copa do Mundo está chegando no “país do futebol”! Apesar dos benefícios para o país com a movimentação turística e econômica, muitos aspectos relacionados à organização do evento ainda deixam a desejar. Nas vésperas do tão esperado Campeonato Mundial, estamos presenciando atrasos nas obras dos estádios e aeroportos e outras dificuldades relacionadas à infraestrutura das cidades que sediarão a Copa.
O fato é que a preparação para o Mundial é um processo complexo que envolve um investimento robusto, muitos projetos paralelos, vários prazos para o cumprimento das obras, o envolvimento de uma equipe extensa, dentre vários outros itens que têm muito a contribuir para o aprendizado sobre o Gerenciamento de Projetos. É isso mesmo – muito além da competição esportiva, alguns fatores são determinantes para render boas lições para o Gerente de Projetos.
Neste artigo, listamos as 3 principais lições trazidas pela Copa do Mundo no Brasil e seus impactos no gerenciamento eficiente de projetos de qualquer empresa e segmento. Acompanhe, aprenda e saiba por que a Copa tem muito mais a ensinar do que você imagina!
Necessidade de planejamento detalhado e acompanhamento constante para ajustes
Estamos acompanhando as notícias relacionadas aos atrasos de entrega dos projetos de estádios, aeroportos, vias e outras obras de infraestrutura para o evento. Dentre as consequências do não cumprimento de prazos, podemos destacar o aumento considerável nos custos para garantir a aceleração das obras e, assim, sua conclusão em tempo hábil.
Diante deste quadro, o descontentamento com os resultados perante os patrocinadores da obra e o foco da mídia (que enfatiza também o nome dos prestadores de serviço) gera uma grande lição para todos os Gerentes de Projetos: a necessidade de um planejamento detalhado, considerando as variáveis e até mesmo as possibilidades de imprevistos. Certamente, nem sempre é possível assegurar que tudo correrá bem até a entrega final.
Contudo, com um acompanhamento e monitoramento constantes da entrega de tarefas, pode-se prever eventuais atrasos e, desta forma, tomar decisões em busca da melhor resolução para concluir o projeto com êxito.
Gerenciamento das partes interessadas
Durante toda a operação dos projetos de infraestrutura para a Copa do Mundo, estamos lidando com manifestações públicas que se opõem à realização do evento. Os altos custos envolvidos, a insatisfação com os problemas enfrentados pelo país, dentre outros fatores, causam reações adversas na população. Apesar deste panorama não ser exatamente equivalente ao que ocorre no dia a dia do Gerenciamento de Projetos das empresas, cabe contextualizá-lo e levá-lo como lição para a realidade que envolve os demais stakeholders: os patrocinadores, empresários e até mesmo os colaboradores.
Opiniões e reações indesejáveis podem ocorrer. Quando há um descontentamento entre as partes envolvidas e não há um plano de ação prévio para possíveis falhas, atrasos, imprevistos ou mesmo alguns conflitos de interesses, é preciso ter jogo de cintura para mediá-los. Durante as manifestações, neste sentido, é preciso reforçar a segurança e conceder canais de diálogo e negociação para acalmar a população.
Na gestão de projetos, a figura do líder terá que assumir o controle para fornecer respostas e soluções rápidas para os envolvidos e até mesmo para mediar os conflitos que surgirem.
O Itaquerão, em São Paulo, é o estádio mais problemático da Copa.
Gerenciamento de riscos
Outra função inerente ao Gerente de Projetos é se atentar aos riscos atrelados aos projetos pelos quais é responsável. A Copa do Mundo envolveu obras que despenderam um volume considerável de funcionários – o que torna essencial a preocupação com a segurança do trabalho. Infelizmente, nos deparamos com alguns acidentes, o que comprometeu não apenas o bem-estar dos colaboradores, como também afetou o Gerente de Projetos, o engenheiro, o mestre de obras, a equipe de segurança do trabalho e até mesmo a imagem da empresa prestadora de serviços.
A partir desta situação, tiramos como lição a necessidade de avaliar o projeto como um todo para identificar possíveis riscos. Ter um projeto na área de TI que dependa de um funcionário-chave, por exemplo, é um grande risco para a conclusão do processo, caso este profissional decida não mais fazer parte da equipe em meio às atividades. Por isso, atente-se a todas as possibilidades e tenha sempre um plano B em mãos – ou mesmo argumentos válidos para o ocorrido.
E você, tem acompanhado a finalização dos projetos de infraestrutura para a Copa do Mundo? Conseguiu identificar alguma outra lição para complementar a nossa lista? Aproveite o espaço abaixo para compartilhar sua opinião e experiência conosco!